terça-feira, 22 de novembro de 2011

De partida

Mala pronta e um desejo intenso de partir. Partir ao encontro da ternura, da paz, da vida onde os sorrisos acontecem sem cargas negativas, sem culpas nem acusações. Cansada de existir, esgotada da busca de sentidos de ser, parte. Destino? O infinito. A distância, o espaço diferente, sem ordens impostas, sem representações socialmente aguardadas. Parte sem saudade, com os sentires amarfanhados no fundo da mala esmurrada, esfolada, prova de tantas partidas da vida. De tantos regressos, infelizmente, também...
Partir. E lembra os portugueses de outrora, as lágrimas salgadas que deram sabor ao mar. Também conhece o sabor desse sal. Mas agora come um chocolate - come chocolates, pequena! - e delicia-se com o sabor das emoções.
Vai partir!

3 comentários:

  1. Partir faz bem, principalmente quando o partir é para um destino onde há paz, ambiente familiar, amor e ternura.

    Partir faz bem, principalmente quando o partir é para libertar das amarguras, do faz de conta, de agressões sem sentido.

    Partir faz bem quando, no regresso, se encontra outra paz, outra alegria e, sobretudo, muito amor.

    Parta, mas volte!

    Álvaro

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  2. Partir? Então e nós? Ficamos cá com os problemas, com os vigaristas e sem crónicas? Como é?!...
    -Espero que valha a pena partir! Que regresse, com a mala esfolada, mas felz e com a alma levezinha.
    Uma óptima viagem!

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