Longe vão os tempos dos grandes alguidares cheios de roupa branca, lavada no tanque e corada ao sol, esperando a engomadeira. Então, enchia-se o ferro de brasas, o calor era insuportável, e a roupa saía direita, sem vincos, dura da goma e capaz (quase) de endireitar um corcunda!
Hoje, as coisas estão mais facilitadas e os ferros, com água em vez de brasas, com botões para borrifar e humedecer, são leves e fáceis de utilizar. Ainda assim, se há tarefa doméstica que abomino é mesmo passar a roupa. Estico de um lado, enfio o braço da camisa no suporte, aliso os ombros e, quase sempre, verifico o insucesso do meu esforço: - Fica sempre uma ruga, ou dois vincos, ou uma dobra inusitada!
Às vezes, penso que passar a roupa é um pouco como viver. Por mais que a gente se esforce por deixar tudo direitinho, por mais que se estique e endireite, há sempre rugas e vincos que se notam a olho nu...
Mas, apesar das rugas e dos vincos, sempre se vê que houve uma tentativa para esticar e endireitar...
ResponderEliminarO mais importante é tentar porque desleixar é o que mais se deixa por aí!
Beijos.
Também me esforço para que tudo fique bem esticado e direitinho, mas infelizmente fica sempre uma rugazinha que se nota a olho nu. E pergunto, porquê?... Porque somos exigentes, gostamos da perfeição, por isso, custa-nos a aceitar quando uma ruga ou um vinco, das nossas vidas, teima em não se endireitar. O mais importante é tentarmos passar várias vezes por cima dessa ruga, quando ela é persistente.
ResponderEliminarAh! isso de engomar (ou viver) sem rugas deve ser uma coisa muito complicada! Só os chineses, se calhar........
ResponderEliminarHouve quem sempre me tivesse ensinado que se a vida fosse fácil,não tinha qualquer tipo de piada...
ResponderEliminar(será que ja inventaram engoma fácil versão vida?)
Beijo