quarta-feira, 8 de agosto de 2012

TALVEZ

Peguei nos restos de muitas vivências, varri as folhas de alguns sentires, empilhei memórias cheias de doeres. Tentei pegar-lhes fogo, mas não arderam. Lancei-as ao rio, mas não se afundaram. Então, construí um torreão, tranquei a porta de ferro e lancei a chave para o fundo da cisterna. Agora, só quero saber do que deixei de fora, deliberadamente, tecido de possíveis e decisões felizes. O resto? Um dia, um historiador desocupado (e curioso) fará o reconto. Talvez.

2 comentários:

  1. Vivências e sentires... que lindo título para um álbum de recordações!

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  2. É um post muito enigmático, é pura lenda ou faz parte do seu imaginário?
    Muito bom, gostei muito.
    maria eduardo

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