Chegam à praia em bandos, t-shirts idênticas, bermudas coloridas pelos joelhos, óculos escuros berrantes (os rayban passaram de moda), com as toalhas enroladas nos ombros e andar gingão. Dizem palavrões, bem alto porque o objectivo é mostrar a segurança que não têm, e instalam-se perto do mar. Sai uma bola e começam os pontapés furiosos, Ronaldos eternamente falhados, incomodando quem tenta aproveitar o fim de tarde. Não pedem desculpa, mergulham para apagar o suor incómodo e olham, desejo mal contido, as meninas que, de biquini reduzido, procuram a água. Estes miúdos, nos quais não vejo - hoje -, a poesia dos putos do fado, são mal educados e incómodos. No entanto, o mesmo nadador salvador que não permite o guarda-sol gratuito junto ao toldo pago, não os vê, numa cegueira voluntária. O grupo, não terão os miúdos mais de 14 - 15 anos, parece-me perdido. Procuram, todos, uma visibilidade que não têm, como se gritassem, em silêncio, nós estamos aqui! Será que este país dá por esta geração?...
Sempre os eternos miúdos e a praia...
ResponderEliminarbeijinhos e descansa!