segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Romantismo

Mais do que velas ao jantar, lençois de seda, rosas vermelhas, caixas de chocolate em forma de coração, mais até do que uma corrente de pensamento, o Romantismo é uma forma de estar  na vida. Ser romântico é viver dando primazia às emoções, acreditar que, como disse António Damásio, "Sinto, logo existo!", entregar a razão às urtigas (mais ou menos) e cumprir, de certa forma, o carpe diem de Reis. Por isso mesmo, ser romântico não dá bom resultado nem leva a lado nenhum! Quem pode viver acreditando num orgão com forma de manga podre? Quem pode acordar com fé no calor humano e, só assim, enfrentar o inverno rigoroso da actual existência humana? Quem pode viver, e pagar contas, seguro apenas nos abraços quentes, beijos ardentes e caminhadas de mãos dadas?! Pois é, o Romantismo é uma forma de vida. Mas está completamente desactualizada, não dá felicidade e não permite a, contestada mas obrigatória, integração social. Acreditar no amor é descrer da vida. Mas como viver sem crer no mesmo Amor?!

1 comentário:

  1. É preciso acreditar no amor, ser romântico e, ao mesmo tempo, realista. A conjugação da trilogia que, quem sabe?, vai conduzir à felicidade!

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