quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Ternura

Olha-me com olhos doces, ternos, conhecedora que é da minha mágoa, do meu desejo contido, do meu sofrimento diário. Recebe-me de braços abertos e deixa que feche a porta para enfim me encontrar no meu mundo protector. Quando venho de longe, noite já, tento descobrir a presença querida no meio do arvoredo, pequena, mas tão minha. Sabe-me bem chegar a casa. Fazem-me companhia as fotografias de muitos momentos bons, os livros a que sempre retorno, as paredes onde, nalguns lugares, a tinta do meu amarelo alentejano já caíu.
A minha casa, o meu espaço, o meu ambiente, formam o casulo onde queria ser eternamente larva, de onde desejaria nunca ter de voar, borboleta estonteada em volta, tantas vezes, de fogo fátuo.

5 comentários:

  1. Minha Casa, meu Mundo, minha Ilha, meu Casulo, meu Refúgio, minha Fortaleza!!
    Abraço...

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  2. Também sinto o mesmo em relação à minha casa.
    O nosso cantinho é...o nosso cantinho!
    Um abraço

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  3. Não há dúvida que a casa é uma casinha de bonecas.É a nossa casa! É,para nós, mais uma amiga. Assistiu e viveu já tantas coisas connosco que nos conhece profundamente.Ela recebe-te no final de cada dia e nela sabes que nos tens a nós. Que nos sentes presentes.

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  4. Tu tens sempre de ser a borboleta que quer voar, conhecer, procurar com curiosidade a vida!
    O casulo é só para ir buscar mais forças, não é?
    beijinho
    mj.

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