sexta-feira, 20 de março de 2020

PREOCUPAÇÃO

Nesta enxurrada de notícias, de informações e desinformações, restam poucas certezas. Em casa, olhando a rua e vendo a chuva cair, penso a actualidade. 
Sem dúvida a humanidade abusou do Universo. A poluição, o excesso de aviões, os imensos resíduos produzidos, a construção acéfala, tudo deve ter contribuído para o aparecimento deste maldito Covid-19. Mas como parar? Será que vamos ser capazes de reinventar o quotidiano da modernidade?
Ontem, comprei um livro na wook, hoje foi-me entregue de manhã. Paguei a electricidade no conforto de casa, vi dois filmes na Netflix, fiz compras on-line. E eu vivo num lugar esquecido do desenvolvimento... Como vão as sociedades desenvolvidas responder à urgência da alteração de hábitos? Seremos capazes de prescindir de muitas comodidades? 
Estou certa de que vão surgir soluções, sempre surgem soluções, mas temo o dia em que acordarmos livres da ameaça do Covid-19. 
Egoisticamente, penso nas minhas filhas e netos, tão longe, e encolhe-se-me a alma a antecipar uma Páscoa com a única companhia dos meus cães. Sim, estou triste.

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