Tinha pensado passar ao lado da polémica dos festejos do 25 de Abril. Ando um bocado farta de polémicas, num período em que os problemas como a doença, a falta de dinheiro, a violência e o desemprego se agigantam, mas, não resisto!
Em causa não está a importância, o significado, o Valor da Revolução de Abril. Para mim, tudo isso são verdades sem discussão.
O 25 de Abril de 1974 foi um dia inesquecível na conquista da democracia e da Liberdade. Claro que não temos a democracia perfeita, a liberdade ideal. Mas, sem dúvida, vivemos hoje incomparavelmente melhor do que a 24 de Abril de 1974. Posto isto, e deixando de lado as reflexões e polémicas sobre o PREC, o 25 de Novembro, etc., creio que o que hoje se discute não é a essência da Revolução mas, sim, a oportunidade de a assinalar, e festejar!, contrariando as regras de isolamento social que tanto têm custado à maioria de nós.
Defendo que, este ano, em tudo excepcional, os festejos deveriam acontecer pelas televisões, com programas alusivos ao dia, com os discursos habituais, etc. Vejo a festa na AR como quase provocatória para o português comum. Vão estar menos pessoas, dizem. Mas, ainda assim, vão estar muitas pessoas juntas e, a não ser que se comprometam a não respirar (??!!) salvo se com máscara, é uma situação de risco. Num momento tão difícil como o que vivemos, não compreendo estes festejos. Como não compreendo as manifestações e desfiles agendados para dia 2 de Maio.
Ser livre, liberdade que o 25 de Abril nos permite, implica responsabilidade e sentido de cidadania. Acho eu que, há mais de um mês, estou em casa.
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