sexta-feira, 3 de abril de 2020

O MONTE

Há lugares que nos/me fazem sentir bem. É o sentimento telúrico, tão marcante na obra de Miguel Torga, é a certeza de que há uma essência que nos influencia (se não nos determina). O Alentejo é o meu chão. 
Hoje, a caminho do Monte, onde fui buscar borrego para a minha Páscoa solitária, enchi o olhar, a alma também, da essência deste chão. 
Os campos estão lindos, salpicados de flores de muitas cores, o verde lavado brilha ao sol e as aves cantam incansáveis. Ir ao Monte é sempre muito bom. O poial na rua, as almofadas coloridas, a conversa com as pernas esticadas ao sol, ajudaram a quebrar esta reclusão imposta pelo maldito vírus. 
Hoje, o dia há-de custar menos a passar!

Sem comentários:

Enviar um comentário