quarta-feira, 29 de abril de 2020

O PRIMEIRO DIA

Cheguei ao final do romance o primeiro dia, de Marc Levy. Um romance diferente, assente numa teia científica entre a descoberta do Universo e a do primeiro homem. Cruza visitas a Greenwich, com escavações na Etiópia, acasos com perseguições. O amor surge como acessório, o que achei curioso e tristemente real, e percorrem-se as páginas com crescente interesse. 
Como sempre me acontece, criei laços com algumas personagens e, agora, está-me a custar deixar partir a Keira e fechar a porta da casa de solteiro, naquela Londres que adoro, do professor Adrian. 
Com Levy andei por Amesterdão, onde fui imensamente feliz, pela Londres dos meus afectos, por Paris da minha juventude. Tive medo da tempestade de areia na Etiópia e surpreendi-me com as montanhas do Chile, bem altas, quase a fazer cócegas às estrelas.
Marc Levy, escritor francês um ano mais novo do que eu, nascido em 1961, teceu um romance épico que, sem dúvida, me provocou diferentes e intensas reacções. 
Aprendi que as marcas dos amores mortos nunca se apagam. E compreendi,assim, um pouco melhor a minha dor.

Sem comentários:

Enviar um comentário