sábado, 25 de abril de 2020

25 de ABRIL

O dia, hoje, acordou embrulhado num edredão de nuvens. Há muita humidade, a visibilidade é reduzida e algum frio voltou. Continua o estado de relativa emergência. Relativa porque, talvez por cansaço, ou porque estamos mesmo habituados a que tudo seja passageiro, as pessoas já circulam muito mais.
É, hoje, dia de memórias. A revolução faz 46 anos e as comemorações acontecem. 
Quando aconteceu  o 25 de Abril de 1974, eu era uma miúda. Não conheci a ditadura, em minha casa a política não era assunto e eu, penso agora, sempre vivi no culto da Liberdade.
Hoje, já velhota, tento colar os pedaços da Revolução. Sim, foi fundamental. Sim, não se pode viver em ditadura e a Liberdade deve/tem de ser cantada e vivida sempre. Mas, penso eu, os ideais do 25 de Abril ainda não estão conseguidos. Eu mesma vivi, há dois anos, uma situação a lembrar a PIDE, e, à minha volta, vejo ainda muitas arbitrariedades e injustiças que, curiosamente, surgem provando que o poder e o podre se escrevem com as mesmas letras.
25 de Abril não pode ser só uma data para agitar bandeiras, ainda que se possam agitar bandeiras. O 25 de Abril deve ser um dia para pensar e agir, para construir e não apenas recordar. 
 O 25 de Abril não tem donos, não pode ter caciques. Porque é de todos aqueles que defendem a Liberdade! 

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