Eu tenho uma relação complicada com os cheiros. O meu neto segue-me e, antes de provar seja o que for, cheira primeiro, o que daqui a uns anos lhe vai custar alguns raspanetes, mas, agora, tem graça. Gosto de entrar em casa e sentir o cheiro familiar, de distinguir o perfume masculino, de identificar aquele after-shave, do perfume da terra molhada, da brisa do Tejo, do odor forte do mar, do cheiro quente a Mustela de bebé, de orégãos verdadeiros, entre outros. E detesto muitos cheiros, também, claro.
O cheiro a azedo, por exemplo, é terrível. Entranha-se no frigorífico, faz enrugar o nariz, amarga na garganta, resiste aos melhores detergentes quando em caixas plásticas, lembra sempre o estrago do tempo. O pior é que também as palavras, e factos da vida, podem cheirar a azedo e, nesse caso, sinto-me transformada em caixa plástica, o cheiro entranha-se no meu pensar, no meu sentir, na minha memória e chateia que se farta. Dizem que o cheiro a azedo se elimina com vinagre mas, aprendi com a experiência, a eficácia desta mezinha é reduzida. Haverá uma mezinha, de preferência mais eficaz, para eliminar os azedos do quotidiano? Gostava de saber! Gostava mesmo.
Há sim!
ResponderEliminarLer um bom livro, ver um filme divertido, ouvir uma música alegre e dançar, falar com os amigos(incluindo os dos blogues), sair e apanhar sol (ou mesmo chuva, se o tempo estiver para aí virado. É bom andar à chuva sem nada nas mãos e sem horários, só a "curtir"...)
Enfim, temos que ser nós a espantar esses azedos.
Um abraço
Ser alegre! Feliz! Erguer a cabeça e pensar no que de bom a vida nos dá!
ResponderEliminarbeijos