Sejam de penas, escamas, pelo ou carecas, o Manel Bernardo adora animais. Olha-os com atenção e, na sua linguagem incipiente e expressiva, vai dando conta das suas descobertas. É assim que se cresce, apropriando-nos de novas realidades e confrontando-as com saberes adquiridos. O Manel Bernardo olhou a baleia-anã, lembrou-se dos peixinhos vermelhos do seu aquário, e achou que não podiam ser da mesma família. Assim, baptizou a baleia de peixe-grande e trouxe-a, transformada em boneco de borracha, para a apresentar aos peixinhos vermelhos. Depois, já no Oceanário de Lisboa, venceu, aos poucos, o medo daqueles milhares de peixe que nadavam ali perto, tão perto que ele podia ver-lhes os dentes, apontar os feitios esquisitos e assustar-se com o tamanho de alguns. Não achou graça nenhuma às lontras, nem sequer aos pinguins, mas não descolava o olhar curioso do vidro do grande aquário. Quando, olhando o polvo gigante, me ouviu dizer que daria um belo arroz, indignou-se. É bom ver o Manel Bernardo a crescer, descobrindo o mundo, vivenciando novas realidades. Eu, que concordo inteiramente com a minha amiga Maria João - Quando se é professor, é-se para sempre professor -, fiquei com vontade de ver o velho Aquário Vasco da Gama, impecavelmente cuidado, com funcionários de extrema simpatia e profissionalismo, cheio de miúdos a crescer. Fez-me alguma confusão, alguma..., encontrar o Oceanário cheio e o Aquário vazio. Às vezes, talvez consequência desta vida apressada e mediatizada que vivemos, vamos atrás da modernidade e desvalorizamos aquilo que, ainda que menos moderno, tem grande valor. Como professora, sou uma convicta defensora das visitas de estudo. Sempre, mas SEMPRE, os miúdos, seja em que idade for, saem enriquecidos destas actividades. O ano passado, quando fui com um grupo de 24 alunos a Estrasburgo, houve uma aluna, 17 anos, que me disse: - Aprendi mais aqui num dia do que numa semana de aulas!. Eu não quero exagerar assim tanto mas, sem dúvida, nestas saídas aprende-se sempre muito. Gostava que os meus colegas de ensino básico, sobretudo 1º e 2º ciclos, não se esquecessem do Aquário Vasco da Gama. Merece uma visita! O meu Manel Bernardo foi apresentado ao Sr. Vasco da Gama (sim, nada de confianças com estes Senhores da História) e até o achou simpático...
Querida,
ResponderEliminarnão há dúvida que é bom vermos o nosso pequenino a crescer e a aprender coisas novas. Como seria bo tê-lo cá sempre para o levar a ver os peixinhos, ao zoo,e tantos outros sítios...
Mãe, ainda há quem se lembre do Aquário Vasco da Gama. É normal ver os miúdos dos infantários por lá. Quando cá por lisboa o sol aperta, vê-se o pátio cheio de "piolhos",sempre de bibe aos quadradinhos,encantados(tal como o nosso Manuel) com os peixes de boca grande.
Mil beijos!