Aproxima-se o regresso à rotina. As aulas estão quase a recomeçar, as crianças andam nervosas e eu sinto a alma a encolher-se. Este ano, o meu regresso à Escola, sempre cheio de sonhos e expectativas, anuncia-se assustador. Vem aí a obrigatoredade do acordo ortográfico! O meu país obriga-me a maltratar a minha língua em nome de politiquices sem sentido, obriga-me a assassinar a língua dos meus poetas, força-me a ensinar aos jovens, que ainda podem acreditar na qualidade, que a mediocridade é que vence...
Sinto-me violentada. Apesar de tudo, ainda tinha uma esperança de ver revogada esta aberração. Começo a perder esperanças demais. Custa tanto ver estilhaçar-se a esperança, desfazerem-se os sonhos, esfrangalharem-se as confianças...
Deixe lá, também antigamente se escrevia PHARMÁCIA, ESCRIPTÓRIO e ASSUMPÇÂO e os nossos pais e professores, de então, conseguiram sobreviver.
ResponderEliminarTambém a mim me faz confusão passar a escrever na nova moda, algumas vezes sem grande nexo, como escrever EGITO e dizer que os seus habitantes se chamam, não egitanos ou egitenses, mas EGÍPCIOS.
Coisas...
Cumprimentos.
Pois é, esse acordo não o "digiro"! felizmente no meu blog, nas minhas cartas,emails, e até na agenda das contas...vou poder continuar a escrever o que quiser!
ResponderEliminarVá lá, amiga, coragem!!!
Eu nem perdi um minuto sequer a ver as novas regras do acordo ortográfico. Era um desacato aos meus ricos professores.
ResponderEliminarAinda bem , aqui neste caso e no de trabalhar ao sábado, que não sou professora.
Tenham paciência...