terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Roma

O destino fora cuidadosamente escolhido: Roma. Não para ver o Papa, mas para se perder no emaranhado de ruas de pedra, para esbarrar com fontes e história, para mergulhar na língua cantada que sempre a encantava. Partira cedo, voo low cost, e em meia dúzia de capítulos lidos chegara à cidade mágica. Porquê Roma? Porque sim. Mas, se fosse preciso justificar-se, as razões eram muitas: - Emocionava-a sempre o Coliseu, alegravam-na as flores e o bulício das ruas , seduziam-na os monumentos constantes... No hotel, ali mesmo no Albergo del Senato, a cinco minutos da Praça Navona e da Fontana de Trevi, com uma vista soberba sobre o Panteão, tomara um duche rápido e deixara a mala aberta, a roupa desarrumada. Era uma das vantagens de viajar sozinha, não ter de cumprir normas, de obedecer a rotinas. Tinha pressa de abandonar o Hotel, queria andar, mergulhar na História viva, ouvir a poesia da cidade mágica.
Numa pequena esplanada, na Piazza della Rotonda, sentou-se saboreando um Frascatti gelado que lhe devolveu memórias da Toscana. Reparou no movimento, na velocidade estonteante de uma cidade enérgica, e deixou-se ficar. Ali, num mundo diferente, num oásis da sua existência, sentia-se completa. Oferecera-se três dias. Três dias só para si, sem família, sem amigos, sem telemóveis, sem interrogatórios, sem emails ou notícias. Três dias para se olhar, para encher de sentires o pouco sentido que, às vezes, pensava que a sua vida tinha.

3 comentários:

  1. Eu queria ir consigo! Como fomos à Noruega, aquele passeio nos fiordes lembra-se setôra?

    Ana

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  2. Sozinha?! Ora, sozinha estás tu sempre! Devias levar uma boa companhia...

    São

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  3. Belo passeio, minha querida! UM beijinho e muita calma!

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