segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

MORIBUNDO

Chegou cheio de brilho, foguetes, champanhe e música. Surgiu vestido de branco, oferecendo esperança, confiança e sucesso. Por causa da chegada festiva, deram-se abraços e beijos, uniram-se corpos e esgotaram-se créditos. Depois, ele foi sendo. Fez-se terrorismo, guerra, crise, dor, lágrimas, medo, pânico e desilusão. Ele parte agora. Esgotado e vazio. Feito coisa nenhuma, sem deixar saudades, tendo já trocado a roupa branca de esperança, pela negra de desalento. Que vá em boa hora, que não volte mais o 2015!
Agora, há já 2016 a estrear o fato branco. E a gente sacode a alma, olha a garrafa de espumante a que chama champanhe, e volta a acreditar que, desta vez, o Branco não vai encardir...

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