segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

NATAL

Cheira a Natal, sabe a Natal, soa a Natal. Na minha casa o presépio já está feito, o abeto decorado e os enfeites saíram das caixas para dar nova cor à sala. Já me ofereceram chocolates, já comprei açúcar para fazer doces, já há presentes escondidos. Este é o primeiro de outros Natais. E olho para trás somando primeiros Natais, afastando a nostalgia.... O primeiro Natal casada, o primeiro divorciada, o primeiro com filhas pequenas, o primeiro com filhas casadas, o primeiro carregado de temores, o primeiro sem o meu Pai, o primeiro com destroços de ser, o primeiro com esperança recuperada, o primeiro com mágoas fundas, o primeiro sem Serra. Afinal, e embora a vida sempre se cumpra sem ligar nenhuma a hesitações, cada Natal é sempre especial para mim. E seja porque vou envelhecendo, ou mesmo porque sempre foi assim, gosto imenso do Natal!

3 comentários:

  1. Luisa, nunca fui muito natalícia (será este o termo?) Sorte tiveram os meus filhos que tiveram a avó Alice que era "super mega" avó como diriam os meus netos! Eu sempre sofri daquilo que os ingleses chama de "Chrismas blue", embora hoje dia de forma mais atenuada.
    Feliz Natal e que seja o primeiro de muitos felizes na Praceta, que também já foi minha.

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  2. Hummm...que inveja do trabalho já feito. Em minha casa não cheira a Natal senão por algumas prendinhas já terminadas e com laço. Não abri caixas, não nada.

    Mas dentro de mim já o espírito se preparou. E não creio que seja por ir envelhecendo. Gosto do Natal. Sempre vou gostar. Jamais me lembrei de pensar como foram os meus primeiros natais. Não tenho memória do primeiro natal de casada ou do primeiro com filhos. Ou do primeiro sem a minha mãe.Contudo, é muito nítida a lembrança do último com a sua presença física. Talvez porque sempre o vivi com o mesmo núcleo, os meus irmãos, tudo me parece uma continuidade e não há hipótese para natais destroçados se estamos juntos.

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  3. Bom Natal! Importante é teres gente à tua volta. E as tuas coisas. Nada é eterno das casas e dos sítios onde vivemos! Perdemos as duas uma casa na Serra, mas a tua lareira vai ser igualmente bela neste Natal! Beijinhos

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