sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

EDUCAÇÃO??

É com revolta, e algum desespero, que tenho acompanhado as decisões mais recentes no que à Educação diz respeito. A decisão de terminar, de um dia para o outro, com os exames de 4º ano, e as razões que se apresentam para tal, surpreendem-me. Obviamente, sei e sempre defendi que os exames, por si só, não são garantia de Educação de qualidade, ou sequer de avaliação fidedigna. No entanto, são uma forma de aferição com alguma relevância e, creio, servem também para ajudar os alunos, que são pessoas em formação, a enfrentar desafios. Não sendo uma defensora dos exames em si mesmos, quero o rigor na avaliação, e, sobretudo, quero  qualidade na Educação.  O que a Assembleia da República está a ratificar são medidas de revanche política: - O importante é eliminar tudo o que foi feito no passado. Um absurdo. Uma infantilidade, diria. Reduzir a escola a um espaço de convívio e socialização, parece-me absolutamente longe dos ideais e objectivos da mesma.
Nada tenho contra o novo ministro, nada sei dele, para além da idade, e da barba que lhe dá um ar simpático, mas veio da investigação sobre o cancro e talvez não tenha percebido que uma educação sem qualidade pode ser bem mais mortal do que a doença que investigou...

4 comentários:

  1. Bom. Tradicionalmente, a instauração de exames tem muito a ver com métodos pouco democráticos de avaliação - parece-me. No entanto sempre fui por eles (exames). Talvez eu seja retrógrada, mas penso que a avaliação contínua é insuficiente e que os exames e a sua correcção permitem a alunos, professores e comunidade em geral compreender o que está melhor e pior no ensino. São uma tomada de pulso à situação.
    No entanto, como só desapareceu esse, não vejo que haja assim tanto mal no mundo. Vão continuar a existir, não se erradicaram do ensino.

    Desconheço o ministro, mas Nuno Crato foi muito mau na pasta d educação, cuja já estava um pântano antes dele. Certo, é uma pasta difícil. Precisa de muita coragem para deitar tanto lixo fora e fazer a escola voltar à sua função: educar. Os professores precisam voltar a ensinar e a preocupar-se com a aprendizagem a sério e sem máscara. E até penso que seria mais feliz o ar das escolas. Aristóteles tinha razão, o bem de cada coisa é a sua finalidade.

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  2. Luisinha, discordo... A educação de qualidade não depende desta ou daquela medida. E sabes que houve muita medida de não-qualidade. Não acredito que seja revanchismo! vamos esperar e ver. Claramente. Um beijo

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  3. Hello, queria eu dizer, mas o iPad decidiu que era Hélio! Não é a primeira vez que me prega uma partida!

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