sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

A SALA DE AULA E...EU

 Acredito de facto, cum saber de experiência feito construído ao longo de trinta e quatro anos de profissão docente, que o sucesso educativo se constrói na sala de aula, através de dinâmicas ativas e diversificadas. 
Nunca tive muitas dúvidas em defender que, para que o sucesso aconteça, é necessário trabalhar para os alunos, e com cada aluno, através de processos de construção de aprendizagem, mas, e também, recorrendo a dinâmicas capazes de envolver activamente o sujeito de aprendizagem.
A sala de aula é, ou deve ser, defendo, um espaço de acção-reflexão, de questionamento de múltiplos fazeres. Simultaneamente, sempre defendi, e defendo com convicção, que a vocação natural da escola é o sucesso e que, contrariamente ao que, vezes demais, acontece, é ao professor, e não ao aluno, que cabe a maior quota de responsabilidade quando o insucesso acontece. 
Vejo a sala de aula como um espaço de variedade, de efectiva construção de múltiplos possíveis, de tentativas e de muitos erros, de vitórias, de gargalhadas e, às vezes, de algumas lágrimas partilhadas. E partilha é mesmo, para mim, a palavra chave: - Professor e cada aluno partilham tempo (e como o Tempo se tece de tempos valiosos!), experimentam e procuram soluções. 
A escola, a escola que eu quero e pela qual trabalho, é um espaço plural, feito de diversidade, com lugar ao sol para cada um dos alunos, numa heterogeneidade que só pode mesmo ter repercussões positivas na vida de toda a comunidade.

Alguém disse um dia, oiço agora a voz que não identifico na minha memória de muitas leituras, que “quanto mais velho estou (era uma personagem masculina) mais compreensão tenho…”. Acontece-me o mesmo. Cada vez mais compreendo os obstáculos e, cada vez mais, me apetece combatê-los, destruí-los, transformá-los em andaimes de sucesso.

2 comentários:

  1. Luísa, só não sei como há ainda gente que não pense assim! Mas há, eu sei.

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  2. Luísa, num longínquo e já esquecido artigo de Salgado Zenha no Expresso, alertava ele António Guterres, eleito então primeiro ministro: “... António, não te esqueças que o principal defeito dos portugueses é a INVEJA!”
    Nunca mais esqueci esta frase!

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