Acredito de facto, cum saber de experiência feito construído ao longo de trinta e quatro anos de profissão docente, que o sucesso educativo se constrói na sala de aula,
através de dinâmicas ativas e diversificadas.
Nunca tive muitas dúvidas em
defender que, para que o sucesso aconteça, é necessário trabalhar para os
alunos, e com cada aluno, através de processos de construção de aprendizagem,
mas, e também, recorrendo a dinâmicas capazes de envolver activamente o sujeito
de aprendizagem.
A sala de aula é, ou deve ser,
defendo, um espaço de acção-reflexão, de questionamento de múltiplos fazeres.
Simultaneamente, sempre defendi, e defendo com convicção, que a vocação natural
da escola é o sucesso e que, contrariamente ao que, vezes demais, acontece, é
ao professor, e não ao aluno, que cabe a maior quota de responsabilidade quando
o insucesso acontece.
Vejo a sala de aula como um espaço de variedade, de efectiva
construção de múltiplos possíveis, de tentativas e de muitos erros, de
vitórias, de gargalhadas e, às vezes, de algumas lágrimas partilhadas. E
partilha é mesmo, para mim, a palavra chave: - Professor e cada aluno partilham
tempo (e como o Tempo se tece de tempos valiosos!), experimentam e procuram
soluções.
A escola, a escola que eu quero e pela qual trabalho, é um espaço
plural, feito de diversidade, com lugar ao sol para cada um dos alunos, numa
heterogeneidade que só pode mesmo ter repercussões positivas na vida de toda a
comunidade.
Alguém disse um dia, oiço agora a
voz que não identifico na minha memória de muitas leituras, que “quanto mais
velho estou (era uma personagem masculina) mais compreensão tenho…”.
Acontece-me o mesmo. Cada vez mais compreendo os obstáculos e, cada vez mais,
me apetece combatê-los, destruí-los, transformá-los em andaimes de sucesso.
Luísa, só não sei como há ainda gente que não pense assim! Mas há, eu sei.
ResponderEliminarLuísa, num longínquo e já esquecido artigo de Salgado Zenha no Expresso, alertava ele António Guterres, eleito então primeiro ministro: “... António, não te esqueças que o principal defeito dos portugueses é a INVEJA!”
ResponderEliminarNunca mais esqueci esta frase!