domingo, 25 de julho de 2021

DÚVIDAS

Vou, daqui a um pouco que é imenso tempo emocional, buscar os meus netos ingleses a Lisboa! Estou ansiosa. As saudades, depois de sete meses sem os abraçar, doem fundo. Vejo-me e estranho-me. Quem sou seu sem os meus afectos, as pessoas que me definem, que me fazem chorar e sorrir? Às vezes, penso que sei muita coisa, mas nunca o suficiente. Penso que nasci da minha mãe e, aos poucos, fui-me afastando, contruindo uma pessoa que chego a desconhecer. Será que ser pessoa é este percurso constante, esta procura de alguma essência individual que não se encontra nunca?

Os meus netos vão chegar! Já fiz gelado, já enchi o frigorífico das coisas que eles gostam, e ainda me parece que não é suficiente, que não chega para que percebam como existo neles e para eles.


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