17 anos. 22 anos. 16 anos. 21 anos. São muito jovens os terroristas de hoje. São pessoas com, teoricamente, um futuro pela frente, uma vida a preencher de coisas boas, que escolhem matar e, muitas vezes, morrer.
Porquê? Que há gente má, já o sabemos. Que há loucos, também não é novidade. Que há grandes senhores a pagar para espalhar o horror, também não é nada que surpreenda (embora indigne!).
Mas porquê tão jovens? Talvez seja a minha alma de professora a falar mais alto mas vejo, nestes jovens, um desalento de quem está perdido. Jovens que se deixam manipular, usar, pelo Mal, sem que a sociedade humanista (?) se preocupe em indicar-lhes o caminho do Bem.
Talvez procurem fama, talvez um grupo a que pertençam, talvez uma forma de aceder à individualidade reconhecida. Não sei... Mas, na minha estupefacção, penso que o ódio crescente que os jovens praticam deve exigir às Escolas um olhar atento. E sério...
Não há mais lugar, defendo eu, para a Escola que exclui, para a Escola que olha cada um como sendo um todo. Não há mais lugar para aprendizagens compartimentadas! Urge, e talvez seja mais uma Revolução deste século, olhar cada um de forma individual, dar espaço aos afectos e às relações humanas, permitir percursos de aprendizagem inovadores e personalizados. Urge abrir as portas da sala de aula ao gosto de aprender...
Aproxima-se o início de mais um ano e não podemos - TODOS - deixar que tudo siga igual. Como se não houvesse presente, como se a mudança social não estivesse a gritar presente!
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