quarta-feira, 11 de outubro de 2017

FARTAÇÃO DESILUDIDA

O tempo quente, seco, incómodo, acerta nos meus sentires. Trago em mim um desejo intenso, absurdo?, de partir, de dizer chega. Olho o hoje, esqueço o ontem, e mergulho no vazio do amanhã. Conheço a ausência de resposta, por isso não formulo porquês. Agora, quero a paz do esquecimento. Sim. Que o Tempo se esqueça de mim, que a vida me deixe sair de cena de mansinho, sem despedidas nem epitáfios. 
O cansaço, a mágoa, a desilusão, a desesperança, embrulham a insónia anunciada. 
Não quero nada. E esse nada está a abarrotar de quereres pensados e ainda sentidos. Nada por nada e, ainda assim, uma imensidão de tudos que cada acordar me impõe.
Quando eu não acordar, as páginas que não escrevi ganharão sentido. Talvez.

2 comentários:

  1. A tua vida é feita de sentidos, de sentires, de sentimentos nobres e altruísticos... Uma vida sentidamente importante, sentimentalmente cheia, sentida por todos os que te admiram e te amam!

    ResponderEliminar
  2. O Amor é Eterno ou então... nunca foi Amor

    ResponderEliminar