quarta-feira, 28 de outubro de 2015

MORTE

O Poeta disse "Quando eu nasci, ficou tudo como estava". Eu, que não sou Poeta, digo "Quando eu morrer, fica tudo como estava". E, às vezes, apetece-me assustadoramente a paz, o silêncio, o escuro, o adeus eterno da Morte. Sempre tive dificuldade em compreender o suicídio que via, porventura erradamente, como uma forma de desistência, ou mesmo uma violência sobre os outros. Hoje, já não penso assim. 
A Morte pode atrair-nos, pode seduzir-nos até. E esse é o maior risco... Nestes últimos tempos tenho-a sentido perto. 
E, curiosamente, não me assusta. Se devemos fazer o que queremos da vida, talvez possamos, também, fazê-lo com a Morte.

5 comentários:

  1. Luisa, mas que péssimismo!! Não gosto de posts assim!

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  2. ... Quando aqui venho, todos os dias ou quase, adoro ler textos bem escritos, como a Luisa o faz mas bofe não gostei nada deste! A vida pode não ser sempre um arco-íris, que o não o é certamente, mas também não é um buraco negro pois há sempre uma luz ao fundo do tunel!

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    1. Dalma Há dias assim... Mas felizmente os dias só duram 24 horas já nascem condenados a morrer!

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  3. Há muito tempo que sou leitora do seu blog porque a sua escrita cristalina, elegante, criativa, pulsante me fascina. E tenho pensado várias vezes: feliz da pessoa que tem este dom de conseguir através da escrita exprimir sentimentos, analisar situações, suscitar reflexões! Hoje, deparei-me com um texto muito bem elaborado mas que me pôs a pensar se o tema "Morte" merece este investimento literário. Aceite o desafio de uma desconhecida e da próxima vez fale-nos da "Vida" que, nestes tempos, certamente nos animará. Permito-me ainda uma sugestão: aproveite as suas capacidades literárias e escreva um livro!

    Mafalda

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