A minha neta fez três anos. Abriu, excitada, uma casinha de bonecas, encantou-se com o bolo da Minnie, foi abraçada por familiares e amigos, viu a casa cheia de balões e a mesa coberta de coisas boas. A minha neta estava contente, crescida - dizia - nos seus três anos recheados de amor e ternura. Eu insisto em não me querer deixar levar pela saudade, obrigo-me a fugir ao habitual o tempo voa, mas recupero nela outros três anos da mãe dela então crescida também... E o soprar das velas, o cantar infantil dos parabéns, as gargalhadas felizes dela, fazem-me acreditar que vale a pena existir. Vale a pena porque, felizmente, há existência para lá da solidão, da rotina, da desilusão e da dor. Há essência no abraço, bem apertadinho, que ela me dá para chegar aos balões pendurados do tecto... Afinal, eu há muito tempo que sei que, como diz Umberto Eco,
Imagino que os netos sejam receptáculo da nossa ternura desvelada. Parabéns à família, ficamos à espera dos quatro anos:). Mas os três são tão cheios de coisas engraçadas...crescer é uma coisa bonita.
ResponderEliminarMas que lindo bolo! Que a Luisa participe em muitas mais festas à sua neta.
ResponderEliminar