terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

PARLAMENTO DOS JOVENS

Há aí dez anos que, sem interrupção, acompanho os alunos na sua participação no Parlamento dos Jovens. No início deste projecto, assisti a algum entusiasmo, a discussões com sentido, a alunos motivados e interessados. Depois, aos poucos, ano a ano, as coisas foram-se tornando repetitivas, cansativas e viciadas. Este ano, foi, está a ser, para mim, a última participação. 
Assisti, hoje,  ao desempenho de jovens desinteressados, a discussão de temas repetidos e a propostas gastas, cópias mal feitas de parangonas dos diversos partidos políticos. 
O cansaço geral  é tanto que, embora o tema fosse exactamente as assimetrias entre o litoral e o interior, nenhum deputado esteve presente. Tinham ocupação em Lisboa...
A minha crítica não é apenas um desabafo cansado. É, sobretudo, um alerta para a mudança. 
A rotina não é boa conselheira... E, curiosamente, penso que cada vez é mais importante educar para a cidadania, para o respeito democrático, para o respeito pelo outro. É importante criar espaço para falar de Pessoas, para Pessoas! Mas o Parlamento dos Jovens, no modelo que tem, está ultrapssado e nada ensna... E é pena. Pena porque se perde uma oportunidade; pena porque se gasta dinheiro sem necessidade; pena porque é uma chatice ter de acompanhar os alunos num dia de nada aprender!

1 comentário:

  1. Ainda que eu nunca tenha gostado do Parlamento dos jovens, concordo com o que diz. E educar para a cidadania é um chavão que alguém inventou e muita gente pega, mas é, efectivamente, uma expressão árida, reveladora dos dias de teorização que vivemos. Educar é sempre para aprender a estar com os outros sob forma de respeito, ou não é educar.Actividades como o Parlamento dos Jovens são adereços na educação.Há pior.

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