segunda-feira, 20 de setembro de 2010

ELITES


A caminho de Ponte da Barca, vindos de Monção, deparamo-nos com o Palácio da Brejoeira. A imponência sedutora do edifício, o ambiente romântico, a paz colorida, obrigam a parar.
O Palácio pode visitar-se, felizmente, e, ao caminhar pelo espaço interior, vamos percebendo que por ali andou gente com gosto, com cultura, com cuidado na forma e no conteúdo. Surpreendem as portadas embutidas, a biblioteca, o mobiliário, os azulejos, o teatro, a capela, os tapetes. Mas, para além de tudo isto, surpreende a força e tenacidade da proprietária que, aos 92 anos, luta para manter de pé o que é, sem dúvida, uma das jóias desta república triste.
O bosque frondoso, os jardins cuidados, os 18 hectares de vinha, fazem-nos pensar que, se calhar, era possível fazer de Portugal um país de sucesso se, apenas..., se permitisse que o seu destino (?? - não sei bem o que é isso) se cumprisse.
Ou seja, Portugal precisa, acho que desesperadamente, das suas elites. Passados mais de 35 anos sobre o fim da ditadura, é tempo, creio, de acabarmos com os preconceitos de esquerda e de assumirmos que são fundamentais elites para fazer avançar o Mundo. Elites verdadeiras, não feitas à pressa por partidos e partidarites doentias.

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