sábado, 12 de novembro de 2011

Utopia

Tenho uma amiga, uma Amiga mesmo, que inicia o seu blog com "Pela Utopia Sempre!". Como vou visitá-la, na blogosfera, todos os dias, às vezes mais do que uma vez, esbarro com este grito frequentemente. Oiço-o sempre, intenso, fundo, parecendo-me, às vezes, ter sido lá colocado para mim... Veleidades minhas, claro, sei bem que não foi assim, mas, ao abrigo do meu silêncio, faço-me de especial e tomo-o para mim. Às vezes, ao lê-lo, fico com os olhos húmidos, com a alma a doer, com o coração encolhido; outras vezes, dá-me força, levanto a cabeça, respiro fundo e vou, uma vez mais, com garra à vida. Então, volto a agarrar as minhas bandeiras, sacudo do pó da desilusão alguns sonhos e, repetindo baixinho o tónico pela utopia sempre! retomo a luta. Volto a achar que faz sentido acreditar, que tenho de ser capaz de conquistar o meu lugar neste mundo louco, que tenho de conseguir voltar a pintar de cores vivas o preto  das minhas insónias. A utopia é, talvez, o alimento da minha essência. Luto por sonhos, combato por impossíveis, choro quando esbarro com a desilusão mas... Pela Utopia Sempre!

6 comentários:

  1. Claro que Pela Utopia Sempre!

    No meu entender a Utopia pressupõe uma forma elevada de civilidade, de conhecimento, de intelectualidade, de urbanidade.

    Utopia, sim, mas sem esquemas ou classes, como na República de Platão, ou uniformidades como na Utopia de Thomas More.

    Utopia, sim, sempre! Mas no seu conceito abstracto colocado no pensar-viver do dia a dia, de cada um e de todos!

    Cumprimentos.

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  2. Cara Luísa,

    Não nos conhecemos e já a considero uma amiga por via dessa noutra amiga que "visitamos" diariamente. Do blogue dela parto para o seu (e os de outras pessoas) que ela escolheu. Confio nela e quantas vezes não aporto no Falcão para ganhar ânimo e esperança!...
    Leio também com imenso prazer os seus textos e identifico-me consigo em muitas coisas. Ou seja: há muito que me cativou.
    O facebook... Não critico quem o usa (e tendo a concordar com Carlota Pires), mas sou da família dos fósseis... Podíamos ficar horas a falar disso. Talvez um dia, numa mesa de café, olhos nos olhos...
    Um abraço amigo,
    ls

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  3. Eu penso que, qualquer coisa que esteja ao alcance do nosso pensar,quase sempre se pode realizar. Mas lá está, depende do grau e da forma como pensamos. E, logo assim, há pensamentos que serão sempre as nossas utopias, e, destes pensamentos, alimentamos o nosso viver,são a nossa impulsão para a vida, logo -Pela utopia sempre, mas vigilantes ao concreto, ao real do dia a dia.

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  4. Vamos continuar sempre? Pela Utopia que existe dentro de nós e temos que pôr cá fora todas as manhãs - como tu dizes bem, Luísa.
    E em que acreditamos se não a vida não teria sentido!
    Beijo grande & thanks!
    Boa semana, com a tua (a nossa) utopia...

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