quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

QUANDO NÃO HÁ

No paradoxo que é a vida, ou na sucessão de paradoxos de que  a vida se faz, acontece só valorizarmos muitas coisas quando as não temos.
A mim, acontece-me isso com a saúde. Gosto de ironizar, confesso que até (às vezes) ridicularizar, as pessoas que vivem atormentadas com a saúde, a quem tudo faz mal, para quem um doce pode implicar fazer análises no dia seguinte... Acho disparatadas as pessoas que sabem as calorias de cada alimento, que só tomam café depois das 9,30h, que carregam a fruta na caixinha para comer de forma saudável ao longo do dia, que só comem ervas e ainda assim não mugem Ora bem, eu achava isso tudo porque era saudável! Não me lembro mesmo, tirando algumas cirurgias e ameaças de cancro, de estar doente. Agora, quando sinto falta da saúde, já olho com outra seriedade para quem vive temendo a doença. 
Estar doente é mesmo horrível. É até um pouco humilhante, estupidamente humilhante, eu acho. Por isso, não vou dar à doença tratamento privilegiado e se morrer direi que o que vivi já ninguém me rouba. Nem essa figura negra que dizem carregar uma foice com ela!

3 comentários:

  1. Mas que exagero, Luisa! E então os seus quase quatro netos? Há que fazer pela saúde mais que não seja para não angustiarmos quem nos ama!
    Um abraço daqui de Paris a comemorar, uf! Soixante-dix!!

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  2. Muitos, IMENSOS, parabéns!! Aproveite bem essa cidade sempre encantadora! O "meu" Museu D'Orsay!!!
    Beijinhos

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  3. Queridíssima!
    Claro que tens razão e "Estar doente é mesmo horrível. É até um pouco humilhante, estupidamente humilhante," eu também acho! Agora com os pés "atados", numa situação ridícula que nem grave é nem imaginas como é humilhante...
    Trata de ti!
    Caso para dizer: trata da tua saúde - porque eu preciso do teu apoio para andar! beijinhos

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