quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A pressa

Ouvi um dia, não sei quando nem onde, uma história de um negro, algures na África imensa, que, depois de por oito dias ter caminhado a alta velocidade, terá parado debaixo de uma árvore aparentando não ter pressa nenhuma. O seu senhor, dono talvez porque era uma história de tempos idos, ter-lhe-á perguntado porque parara. Calma e sabiamente, ele respondeu:"Viemos tão depressa que perdi a minha alma, ficou para trás. Agora, tenho de esperar que ela me encontre." Muitas vezes, e por variados motivos, esta história me surge. Hoje, lembrei-me mais uma vez dela. Porque o tempo está a correr a uma velocidade alucinante e eu, sempre tentando fazer render cada minuto bom - têm sido dias bons! - começo a perder a minha alma. Hoje, num longo serão sozinha, vou ficar muito quieta a ver se ela me encontra...

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