quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Sapos

É verdade que a nossa língua tem sofrido muitas alterações. Umas parecem-me lógicas, outras abruptas e idiotas, outras decorrentes da modernidade mas, sempre que esbarro com elas, surpreendo-me com as mudanças. Hoje, tive uma experiência nova... Hoje, senti que não havia forma de expressar o que senti. Eu, eu que tanto gosto das palavras e dos livros, eu que acho que até domino um vocabulário alargado, fui confrontada com um facto que não soube definir. Não fui capaz, sequer, de verbalizar o que senti e, por causa disso, fiquei com uma impressão estranha, com uma espécie de sapo que não consigo engolir entalado nos sentires, preso nos pensares. Afinal, ainda há palavras por inventar e, creio eu, enquanto existirem homens surgirão situações indizíveis (neologismo também). Infelizmente, não há situações que não possam não acontecer por não terem como ser classificadas.
Hoje estou assim. De vocabulário insuficiente.

4 comentários:

  1. Querida mulher, a propósito de sapos e sapinhos...

    "Era uma vez uma corrida de sapinhos.

    Eles tinham que subir uma grande torre e, atrás havia
    uma multidão, muita gente que vibrava com eles.
    Começou a competição. A multidão dizia:

    Não vão conseguir, não vão conseguir!

    Os sapinhos iam desistindo um a um, menos um deles que
    continuava subindo.
    E a multidão continuava a aclamar:
    Vocês não vão conseguir, vocês não vão conseguir

    E os sapinhos iam desistindo, menos um, que subia tranquilo,
    sem esforço.
    No final da competição, todos os sapinhos desistiram,
    menos aquele.
    Todos queriam saber o que aconteceu, e quando foram
    perguntar ao sapinho como ele conseguiu chegar até o fim,
    descobriram que ele era SURDO.

    - Seja surda aos apelos negativos!"

    Mil beijos

    J

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  2. Grande pinta de comentário!!
    Tal e qual. É assim mesmo!

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  3. Quantas vezes, no dia a dia da nossa vida, nos surgem, quando menos se espera, situações novas às quais não sabemos dar resposta. Outras vezes sabemos bem como responder mas calamo-nos, seja por conveniência, seja por educação ou, ainda, por uma questão de inteligência.

    Agora sapos desses que refere, batráquios viscosos, peçonhentos, de mau carácter, não se engolem, cospem-se, vomitam-se, "ascam-se" e, depois, espezinham-se até desaparecerem na sarjeta do desprezo.

    Não engula sapos, delicie-se, isso sim, com uma boa tablete de chocolate de leite e deixe-o escorregar, macio e doce, pela boca onde nunca um sapo há-de entrar.

    Fique surda às provocações e às ameaças, siga o seu caminho até atingir os seus objectivos.

    Cumprimentos.

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  4. É lá...!
    Grandes lições!

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