terça-feira, 30 de outubro de 2012

Absurdo

Assistir às notícias políticas nos últimos dias, meses!, tornou-se uma experiência traumática. Somos confrontados com incompetência, ainda que porventura envolta em boas intenções, e esbarramos com a estupidez e a injustiça certificadas. As medidas impostas, castradoras de sonhos, inibidoras de possíveis, limitadoras do desenvolvimento de um país que já não é de todos, tiram-me o sono e o sossego!
Portugal está a caminhar para a morte, para a miséria total, e  o que mais dói é, exactamente, a violência e injustiça exercidas sobre os mais fracos: os jovens e os idosos. Aos últimos, tira-se o pouco que têm, reduzem-se reformas, aumenta-se o custo dos medicamentos, rouba-se - é o termo! - aquilo que, durante décadas, entregaram ao estado confiando estarem a prevenir o futuro. Aos jovens, rouba-se a possibilidade de construir quotidianos de sucesso. Às escolas, reduzem-se os financiamentos, aprofundam-se as assimetrias, desenvolve-se o sentido de injustiça e de revolta. Não pode fazer sentido viver-se assim!
Hoje, bem cedo, esbarrei com mais uma dificuldade: - Embora os alunos de 7º ano estejam na escolaridade obrigatória, embora tenham direito a subsídios no escalão A, a escola não pode pagar as visitas de estudo, não pode suportar o custo das actividades de complemento curricular. Assim, o que fazer? Irão só os que podem pagar? A escola pública é mais para uns do que outros?! Cancelam-se as visitas e actividades? Ou faz-se um ranking com as oportunidades de cada escola? Absurdo é, agora, a palavra de ordem.

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