sábado, 13 de outubro de 2012

Alentejo

Sempre me fascina, e comove, o meu Alentejo. Atravesso-o assistindo ao revigorar dos verdes, à queda das últimas folhas, ao caminhar ondulante e uniforme dos rebanhos. Saio do itinerário principal e entro na estrada recta, longa, verdadeira pinncelada negra numa aguarela onde os amarelos ainda predominam. Vejo o silêncio. Vejo-o no vazio, na solidão, nas extensões onde, aqui e ali, uma ou outra vaca surge. É a minha terra, o meu chão, onde, como Anteu,  carrego forças. Aqui, não há vozear político, não toca o telemóvel, não tem acesso à internet o meu computador. Agora, respiro a terra fresca e deixo escorrer por mim a primeira chuvada deste Outono atrasado. Caminho junto ao Maranhão, agradeço a partida dos turistas do remo, e adio o café forte que me prometem. Agora, calada, sou feliz.

2 comentários:

  1. É assim, fascinante, atraente, cativante...

    Bjs

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  2. Bela foto, texto com sumo, espontaneo, enfim, REVIGORANTE!, nesta manha nublada.

    Beijos

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