domingo, 28 de outubro de 2012

Realidade

Corpos hirtos, musgosos, acolhem o meu caminhar.
Podia ser o pinhal de D. Dinis, esse "plantador de naus a haver"; podia ser o crescer de sonhos, sempre em direcção ao céu, sempre apontando a distância; podiam ser dedos de gigantes, procurando o longe; podiam ser bosques de enganos. Podia até, apenas, ser um hino à amizade: juntos, próximos, diferentes na igualdade.
Podiam ser muita coisa. Mas eu sei que são só árvores, que servem para explorar a madeira, que não falam, não sentem e estão-se nas tintas para as minhas divagações. Sei que o sonho de nada serve e que, um dia, já não verei mais as árvores de troncos rugosos.

4 comentários:

  1. Querida, podem ser o que quiseres, basta só sonhar!

    Mil beijos..

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  2. As árvores são seres vivos. Sentem! E se as olhares com atenção, elas vão contigo nesse sonho...
    Beijos

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  3. Setôra, parece que vai morrer. Não gostei!
    Ana

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  4. ...pois ...-E a Setôra não devia andar assim tão só, pelos pinhais ou bosques, faça favor!
    Abraços.

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