sábado, 16 de novembro de 2013

Já Chegou!

Já está aí o Natal, o comercial, claro. As lojas estão ornamentadas, a publicidade encheu-se de brinquedos e bonecos. As crianças aguam, querem tudo, pedem muito; os adultos suspiram e fazem contas que, a cada dia, são mais de sumir. No meio desta loucura colectiva, que se veste de vermelho e branco, tenho vontade de fazer um pacto com o Diabo e fugir do Natal imposto. Compreendo que é necessário aquecer os corações, o meu está gelado, mas incomoda-me este exagero, esta febre consumista num país que passa fome. Tudo o que tenho em mim, agora, nesta madrugada onde o silêncio grita mágoa, é um íssimo,íssimo, íssimo cansaço...

6 comentários:

  1. Podemos fazer o Natal quando quisermos... o amor, o carinho, o calor humano, são o melhor Natal que cada pode ter ou fazer...

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  2. Ó Setôra, não esteja armada em sumítica só pela crise e, nada de pactos com o Diabo...- tem de comprar pelo menos, um brinquedo para o Manuel Bernando e para a Carlotinha!
    As lojas, coitadas, estão já ornamentadas de vermelhos e brancos, às vezes,só para os donos delas se animarem um pouco...
    Não esteja assim gelada. Bem basta a neve que caiu hoje!
    Tem de começar a pensar em ir ao musgo...
    Já comprou uma vaquinha nova?Não se esqueça que tinha uma com um corno partido...

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    1. De certeza que compro! E para a pequenina Constança também, claro. Só a vaca vai continuar com o corno partido... Obrigada pela força!

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  3. Desde que me tornei um ser consciente que o Natal é para mim uma época de alguma depressão... Sinto-me sempre triste e desinteressada por toda a euforia associada. O que valeu aos meus filhos é que o Natal era sempre passado em casa da avó, minha mãe. Aí havia presépio, casa enfeitada e Pai Natal que na altura certa tocava a campainha e subia a escada com saco cheio de surpresas para cinco crianças que o esperavam ansiosamente.
    Ora se fui uma mãe pouco natalícia, não sou melhor como avó!
    Agora quando o Natal começa em Novembro já nada é novidade na altura própria! Já não faço árvore de Natal pois acho não se justifica todo aquele trabalho por dois dias que os tenho comigo... Condescendo em pendurar uma coroa por cima da lareira e é tudo!
    Sou realmente uma avó cinzentona dirão, mas isto é resultado de uma cultura pragmática e ainda por pensar que nesta época os felizes são mais felizes e os infelizes mais infelizes ainda... para outros são apenas momentos de felicidade passageira!

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    1. Dalma, desta vez eu não concordo. Os meus netos, os tr~es, devolveram-me a magia do Natal que perdi algures. por eles, ainda que só por meia dúzia rápida de dias, vou ao musgo, monto o pinheiro, reinvento histórias de Natal. Definitivamente, eliminei a Menina dos Fósforos!
      Beijinhos

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    2. Luisa, a Menina dos Fósforos muita lágrima me fez correr então! Obviamente que não foi por essa leitura que me tornei assim mas o facto é que sinto sempre o que relatei e não consigo, por mais que me esforce, sentir a euforia da quadra natalícia!
      p.s.imagine que a minha mãe até algumas vezes ensaiou peças de Natal com os cinco netos que também tinha e fazia presépios vivos com eles. O Hugo esse só muito contrariado fazia o papel de São José....

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