domingo, 24 de setembro de 2017

ELEIÇÕES

Embora apenas há menos de oito dias tenha, oficialmente, tido início a Campanha Eleitoral, há muito que ela está na rua. Foi, é sempre, assim como a abertura da caça: - Mal o dia se adivinha, começam a preparar-se as armas, a escolher as reservas e o terreno livre, a preparar o tiro. Com as campanhas é a mesma coisa. 
Cada candidato, com o seu séquito de batedores, estabelece o plano de acção: - Identificar o que está mal, propor melhorias, esmiuçar os defeitos dos adversários e partir à caça de votos. Cumprimenta-se toda a gente, oferecem-se brindes com sorrisos, dão-se beijinhos mais ou menos a contra-gosto e garante-se mudança. Todos, sem excepção, apresentam a garantia de diferença e de melhoria. Todos colocam o seu Concelho em primeiro lugar (pelo menos até ao dia 1 de Outubro).
Nos primeiros anos após o 25 de Abril, este tipo de campanha podia fazer sentido. Hoje, para mim que voto, participo, integro listas, fiz escolhas e quero mudança, não faz sentido nenhum. Aliás, ouso pensar que para os candidatos também faz pouco sentido, porque os tenho encontrado, a todos, um pouco embaraçados no seu papel de salvadores do Concelho. 
Com tantos órgãos de comunicação, creio que este exercício de democracia porta a porta só chateia. A mim, sinceramente, chateiam-me os carros roufenhos que gritam músicas gastas e frases inacabadas, entre outros ruídos violentos. 
É preciso, claro, fazer campanha, mostrar aos eleitores o que se oferece e o que, de alguma forma, poderá ser mesmo diferente. Mas, para mim, em pleno século XXI, quando criancinhas de seis e sete anos vão de I-phone para a escola, creio que tudo poderia ser feito com mais dignidade e menos incómodo para todos...

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