
Penso, eu que não sou médica, que muitas doenças do foro neurológico poderão ser potenciadas por comportamentos sociais, por pressões externas, por desatenções por vezes.
Vivemos, errada e exageradamente, preocupados com o que queremos mostrar aos outros, com uma imagem que do espelho nos sorria e sofremos quando não conseguimos, mesmo que com esforço desumano, a perfeição desejada. Não olhamos o outro com atenção, não temos tempo para ouvir e acompanhar, não usamos o tempo para estar efectivamente com os outros. Muitos jovens, e agora é-se jovem até quase aos 40 anos, parecem existir com uma febre doentia de sucesso e, aos poucos, esquecem-se de viver de facto, de reparar que até à morte a viagem se faz com companhia... Vivemos todos, penso eu agora, no silêncio da Serra, muito preocupadas com aparências e aplausos, centrado no nosso umbigo, esquecendo o essencial.
Às vezes, não gosto de pensar no mundo que integro!
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