quarta-feira, 1 de julho de 2020

EXPERIÊNCIAS

A minha vida, como a vida de toda a gente, faz-se, constrói-se, de vivências e experiências. A vida não traz livro de instruções, o amanhã é sempre uma incógnita e adivinhar é proibido. Ora, por isso mesmo, uma pessoa erra, aceita desafios que devia negar, acredita em quem não devia, faz escolhas que deviam ser rejeições e sofre desilusões. Nada de novo, ou de raro. À medida que os cabelos vão embranquecendo, que nós vamos ficando mais vividos, acumulam-se as experiências. Óbvio! Tão óbvio como a certeza de que, embora os anos nos tragam experiência, não nos trazem a total sabedoria nem a couraça suficientemente resistente para enfrentar ataques, estupidez, desilusões.
E vem tudo isto a propósito de quê? De um exercício de imaginação. De um pesadelo que tive. 
Imaginei-me  numa reunião, uma Assembleia Geral, onde estava, no meu sonho (pesadelo)  para  ajudar uma Instituição. De repente, havia insultos, chuva de calúnias também. No meu pesadelo, eu pensava: - Como se pode conversar com quem ataca sem dialogar? Como compreender insinuações absurdas? O que pensar de quem, quando alguém intervém, sai da sala? Bom, dizia de mim para comigo,  podemos pensar que quem adopta estes procedimentos é gente reles. Podemos crer que são pessoas movidas por maus fígados. Podemos imaginar que são pessoas doentes. Podemos, até, acreditar que são só pessoas sem educação, que não conhecem a essência da Democracia. Podemos, ainda, classificar estas atitudes como vindas de estupidez natural. Podemos. Mas não deixamos, mesmo com muita experiência em imbecilidades, de nos desiludirmos por haver gente assim. Gente, ou gentinha? E acordei cansada, incomodada, sem resposta para as muitas perguntas do meu pesadelo.

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