sábado, 18 de abril de 2009

ATERRAGEM

Aterrei no meu quintal. Ou, melhor e com mais rigor, ainda não aterrei em lado nenhum porque a minha alma, a minha essência, não embarcou na Ryanair, não teve frio em Portugal, não se preocupou sequer com a roupa que precisa de secar. A minha alma-essência está em Cambrige, mimando a minha menina, escondida da realidade, com medo do regresso e das saudades de doer fundo. O meu corpo, essa coisa absolutamente desinteressante, invólucro necessário apenas, está arrumando coisas, elas tembém sem interesse, ouvindo notícias, entrando na rotina. Mas o meu eu-mesmo-verdadeiro está-se nas tintas para isso e vive a ternura boa de um lugar de afectos.

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