terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Portugal

Do turbilhão em que estou vivendo, espreito, a medo, o meu país. Espanta-me, ou revolta-me?, aquilo que vejo. Lá de fora, dessa Europa a que dizemos falsamente pertencer, vêm alertas e anúncios de falência. O país vai falir dentro de dois ou três anos, garantem. Cá dentro, numa loucura colectiva, continua-se fingindo que tudo vai bem e garantindo a concretização de projectos megalómanos e desnecessários, como o novo aeroporto e o TGV. No parlamento, as conversas são entre surdos e na vida real, no dia-a-dia das pessoas comuns, as dificuldades crescem sem parar. Na Educação, continuam os vazios de sentido, as falsas soluções, as práticas anquilosadas, os papéis sem interesse tentando camuflar o óbvio; na saúde, crescem as enormidades, abandonam-se cada vez mais aqueles que mais precisam de cuidados.
Talvez a Europa tenha razão e, em breve, Portugal esteja mesmo falido, num profundo caos económico e sem possibilidade de pagar sequer os vencimentos. Talvez o fim deste país esteja perto. Para já, de certeza, Portugal vive num faz-de-conta onde até a magia da imaginação falta...

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