segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Glasgow


Recebe-nos um sol frio, gelado e brilhante, que lembra, sei lá porquê, versos de Pessoa "o sol vivo e desnudo (...)". Não há, por enquanto (garantem que é imagem de marca), gente embriagada nas ruas, e os edifícios imponentes, transpirando História, parecem gritar-nos essências de vida. Na praça larga, cheia dos eternos pombos incomodativos de todas as cidades, leões imponentes - decerto não do sofrido sporting... - olham-nos com desdém. Têm, eles, uma missão nobre: - Proteger e vigiar nomes de outras vidas, de outras guerras, de outros sentires.
Procuramos um lugar quente, um chá, tea também serve, e scones com manteiga. À nossa volta, vozear mordido, terrível escocês, indecifrável, parecendo agressivo quase. Gente loira, branca demais, de manga curta(???), casacos fortíssimos pendurados nas costas das cadeiras. Os vidros embaciam-se, os olhares também. Ou do frio, ou da vida, ou dos contrastes, o olhar humedece-se nesta cidade escura e diferente!

2 comentários:

  1. Fique por aí caríssima Professora! É que…

    Mais a norte o perigo espreita. O frio aumenta, os termómetros descem e o MONSTRO ANDA À TONA DA ÁGUA!

    No Loch Ness mais exactamente.
    Tenha uma feliz estadia!
    MFonseca

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