quinta-feira, 22 de julho de 2010

Vazio


Ninguém, e o mar, imenso, ali, exposto e provocador, trazendo-lhe memórias, vidas, excertos de literatura, Poetas desaparecidos... Ó mar salgado! E Sophia a intrometer-se, garantindo que quando eu morrer, voltarei para buscar os instantes que não vivi junto ao mar. O vazio, surpreendente em Julho, sugeria a crise. Ou seria, apenas, o acaso? A hora, o céu carregado?
No mar, resistiam ums surfistas, teimosos, tentando o equilíbrio sobre as ondas enroladas, estoirando com força como se quisessem sacudir as pranchas incomodativas. Ao largo, três navios enormes, de edificado à proa, talvez partindo, ou talvez chegando, quase entre Torres, a caminho de Lisboa. Na esplanada vazia, aninhavam-se mil desejos com os sentires inquietos. De que falavam? O que diziam? E a música a vir também, sem necessitar de convite, para garantir que...nem às paredes confesso!!

1 comentário:

  1. Um fim de tarde num lugar tão bonito e com boa disposição, inspira a sonhos...
    beijos

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