segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

VIOLÊNCIA

Sou claramente contra qualquer forma de violência. Acho que sempre revela cobardia, estupidez e mesquinhez. Não falo, claro, da palmada educativa que se dá ao cão que insiste em roubar comida da bancada, mas da violência entre seres humanos.
A violência entre casais, ou pelo menos entre homens e mulheres, tem aumentado em Portugal e isso apavora-me. Há homens que atiram a matar sobre as companheiras, há namoradas ciumentas que lançam ácido sobre os companheiros, há mães espancadas até em frente dos filhos. Olho tudo isto e arrepio-me. São, infelizmente, casos menos excepção do que deveriam ser...
E penso, também, na outra violência, a verbal, capaz de levar uma pessoa à loucura, à depressão, ao suicídio. A violência que, muitas vezes, se exerce sobre o outro, homem ou mulher, com a crítica constante, o desprezo, a humilhação. Falo no caso das pessoas que sofrem, quantas vezes caladas, as certezas alheias, os julgamentos arbitrários, as parangonas carregadas de moralidade oca.
Como católica, acredito que ninguém pode condenar ninguém. Acredito que a Palavra deve ser o primeiro poder e, confesso, tenho total desprezo pelas certezas que alguns têm a sorte de possuir. Tenho, também, profundo desrespeito pelas pessoas que (julgam) saber tudo e, por isso, condenam qual juiz supremo! Aprendi que o Amor é o primeiro dos mandamentos e, por isso também, não compreendo quando me dizem que o amor se faz de julgamentos e violentas condenações.
Agora, que é quase Natal, olho à minha volta e tenho vontade de fugir. Fugir para um lugar onde não exista significado para violência (seja ela de que tipo for). Fugir para um lugar onde o abraço exista inteiro, onde a compreensão se faça de ouvir, onde a ternura não traga no bolso a punição constante. Sonhos...

1 comentário:

  1. Olhai em volta senhora, há também amor, muito amor.. há brilho, cor no ar, há sorrisos, céu e mar azul ! veja Vénus agora neste mês visível ao por do sol, brilhante e magnifico !

    ResponderEliminar