segunda-feira, 25 de maio de 2009

Anedotas?

Há uma anedota sobre alentejanos, uma das muitas a provar a genialidade do Alentejo, que apresenta um alentejano que, confundido com o facto do seu relógio ser ou não de ouro, responde (sabiamente) tem dias... Hoje, estou como o meu conterrâneo. Acho que a vida se faz de dias, de momentos, de antíteses e paradoxos.
De manhã, fui agredida, juro que é verdade!, pelo egoísmo e inveja instalados na cabeça de dois ou três alunos. Por ironia da humanidade, um deles eleito o melhor companheiro e premiado pelo Rotary Club (???)!! Estes jovens de idade, velhissimos de coração, magoaram-me fundo por quererem o mal dos colegas, por afirmarem, com uma violência emocional que me dilacerou por dentro, que não desejam o sucesso alheio. Fiquei com uma nuvem negra dentro de mim, ficou a doer-me a cabeça, senti-me perdida nesta existência oca que parece não ter fim.
Depois, em casa, aguardava-me uma carta fantástica de um senhor que me sente a falta na escrita. Fez-me bem! Recuperou-me (um pouco) a confiança nos homens.
Ao fim da tarde, quando cheguei exausta e cheia de frio, quem me manda ter vestido saia sem meias?, telefonei à Águeda Sena. E, do lado de lá do fio, veio uma voz alegre e sábia para o lado de cá dos meus sentires. Ri-me. Senti o abraço forte-forte que me mandou e, em silêncio, pedi ao meu Cristo que me ajude a seguir a coragem, a força, a sabedoria, a ternura e a confiança desta Senhora! Agora, já quente e quase a caminho do segredo dos lençóis, vejo a minha existência como a tal anedota: - Tem dias...

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