quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

O SONHO

Sempre que ele chega, eu deixo-o entrar. Ora surge carregado de melodia alegre, ora me invade na negrura intensa. Sei que não é, por essência e definição, e, ainda assim, sinto-o sendo. Acolho-o em mim, protejo-o, alimento-o. Deixo que me tome nos braços e, certa que vou esbarrar contra a violenta realidade, peço-lhe que me embale e me liberte um pouco. Um pouco só.

Sem o sonho, afinal, que é o Homem "Mais que a besta sadia,//Cadáver adiado que procria?"

2 comentários:

  1. Simples e profundo. Não deixes que te roubem o sonho...
    Lena

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  2. É isso, Luisinha: deixa entrar o sonho e deita o que te magoar de fora! beijinhos

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