segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

ícon

Morreu o Eusébio, ontem. E eu, que não percebo nada de futebol, sinto a perda deste homem que se tornou, creio, um elemento de todas as famílias portuguesas. Eusébio era nome conhecido, era símbolo de coragem e sucesso, era memória nacional, era até, frequentemente, nome de animal de estimação, naquela ternura boa tão portuguesa. Há uns tempos ouvi o Eusébio numa entrevista e comovi-me com a simplicidade deste homem. Ao contrário dos grandes futebolistas de agora, não tinha um Ferrari, não viajava em avião particular e não olhava com desprezo os que o admiravam. Mais do que homenagear um grande desportista, acho importante distinguir um Homem Bom, marcante ao longo de diferentes gerações, capaz de fazer sorrir sempre e levando o nome de Portugal bem longe. 
Um dia, eu teria os meus 16 anos, fui a Paris com os meus pais. O meu pai, que metia conversa com toda a gente, resolveu, no elevador, tentar o empregado para que descobrisse de onde nós eramos. O rapaz sugeriu a Grécia, Espanha, até Rússia! Então, rindo, o meu Pai disse: - Oh homem então não vê que somos da terra do Eusébio?. Imediatamente, o rapaz disse entusiasmado: - Ah! Portugal!
Foi um ícon que partiu. Vai fazer falta. Fazem muita falta pessoas capazes de marcar o Tempo!

3 comentários:

  1. O meu/nosso Benfica ficou mais triste e mais pobre...
    Lena

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  2. Luisa, concordo que o E. deu a conhecer Portugal ao mundo e também a mim me aconteceu o mesmo que a si em Paris e ultimamente com o CR e o Mourinho como foi o último caso algures na costa americana do Pacífico!
    No entanto acho que tem sido um excesso televisivo, dois dias de reportagem quase ininterrupta! Somos realmente um país de exageros!

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    1. Dalma, concordo em absoluto consigo! E a ideia de ir para o Panteão parece-me absurda. Portugal e os seus exageros confunde, muitas vezes, o essencial com o acessório...

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