sábado, 6 de março de 2010

Alice no País das Maravilhas

"Pode dizer-me, por favor, qual o caminho que devo tomar?" - Perguntava Alice. "Isso depende do lugar para onde queres ir!" - Respondia o coelho branco, de colete verde vestido e relógio na mão, sempre cheio de pressa. Muitas vezes este diálogo ecoa em mim.
Será que sabemos (saberei eu?) sempre para onde quero ir? Não farei, por vezes, os percursos que me sugerem sem coragem para escolher?
E a Alice acompanhou-me, acompanha-me ainda, na vida feita de mil coisas e direcções.
Ontem, encontrei a Alice a três dimensões, num lugar cheio de pipocas e gente jovem. Foi uma Alice diferente e, no entanto, de novo me alertou para as dificuldades de realizar um sonho, para a força castradora da normalidade, para os perigos e monstros que se escondem nos caminhos que escolhemos. Esta noite, sonhei com a Alice e desejei, intensamente, ter uma espada oom o poder da que ela encontrou, para, ainda que com menos violência, ser capaz de arrancar a cabeça a todos os monstros que me amedrontam.

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