sábado, 20 de março de 2010

Presenças ausentes

No Pub cheirava a lenha, a calor real, e a mesa de madeira, bancos de couro, recebeu-nos com conforto. Apetecia um vinho, fresco e com picos, três flûtes de champagne (não francês!) a assinalar a presença, à mesma mesa, de quatro gerações diferentes. De repente, a família a fazer sentido, a sentir-se no sangue aquecido a correr nas veias, nas memórias partilhadas que nos faziam sorrir e, também, humedecer o olhar. Tecem-se assim os tempos, quero crer, com instantâneos de sentidos, com cumplicidades reais, com experiências feitas de mil partilhas. A acompanhar-me, as saudades. De quem não está e que, não estando, sempre está comigo, sempre diz presente! Soube-me bem o chicken breast, estranhei o café, nunca a minha bica forte e saborosa, mas saí do Pub com vontade de fazer as pazes com a humanidade.

1 comentário:

  1. Mesmo que às vezes se tenha de esperar 27 anos para que a família alargada faça sentido!, valeu a pena!
    Adoro-te

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