quarta-feira, 5 de outubro de 2011

República

Não sou monárquica. Não por ser crente nas vantagens da República, mas, e apenas, porque, para mim, a Liberdade é fundamental e, assim, não posso aceitar que um indivíduo nasça condenado a ser Rei, ou súbdito, ou moço de estrebaria ou seja lá o que for. Para mim, cada ser humano deve ver preservada a sua liberdade de escolha e não imagino o que seja nascer com um destino já  (relativamente) traçado.
No entanto, não consigo deixar de achar ridícula esta república portuguesa e, mais ainda, estes festejos ocos de sentido. Afinal, festejamos o quê? A liberdade que os republicanos durante mais de 40 anos nos confiscaram? O sucesso de um país à  beira da bancarrota? A democracia feita de opacidades e injustiças? A mendicidade crescente nas ruas? A tristeza de um povo que, embora sem jugo real, continua de olhos postos no chão?
Hoje, bem cedo, encontrei a banda da minha cidade (zinha) tocando na rua. Iam alinhados, botões reluzentes, fizeram-me lembrar um fado cantado pelo Nuno da Câmara Pereira de que gosto bastante mas, simultaneamente, senti que aquela música não me alegra.
Festejar a república? Nem a das bananas, porque a Madeira me faz chorar...

2 comentários:

  1. O português pela-se por uma festa, uma banda, um feriado...
    É mais um... não comemora nada, porque não há nada para comemorar - república é o que vê, monarquia foi o que se viu - mas sempre dá para ir à praia que o tempo está quente e os mais afoitos ainda metem uma ponte e fazem mais umas mini-férias.
    A crise? Qual crise? Essa é só para os desempregados, os idosos com reformas de vergonha, para os carenciados... O resto do pagode anda na boa, continua a viver como se nada fosse... a viver o dia de hoje porque amanhã alguém que feche a porta.
    Cumprimentos.

    ResponderEliminar
  2. ...a maioria quis foi aproveitar mais um "diínha" de bela praia.Um achado já no Outono.

    ResponderEliminar