segunda-feira, 22 de julho de 2013

Prata

Do alto da minha insónia vejo a lua chover prata. O mar, calmo e imenso, cobre-se de reflexos brilhantes, tentadores, ilusórios decerto. Imagino sereias felizes, brincando agora que o mar é só delas, livre de corpos humanos, sempre abusadores, vazio de velocidades vertiginosas das motos de água que enchem os dias. À memória surgem-me poemas, muitos, e lembro o perigo que se associa ao canto das sereias "Tem cuidado, ó pescador, não se enrede a rede nela". Garrett a alertar para o perigo do amor. E eu, que conheço por dentro os riscos de amar, tenho vontade de gritar que, ainda assim, pese embora toda a dor que o Amor acarreta, não fará sentido viver sem a sua presença!

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