quarta-feira, 12 de março de 2014

INJUSTIÇA

Há muitos anos, talvez dez, que participo no Parlamento dos Jovens. Muitas vezes, por mérito exclusivo dos alunos, a minha Escola, os meus alunos, ganharam. Algumas vezes, perderam. É assim o jogo democrático, é assim que se aprende a crescer e a participar. Quando o debate surge e a discussão se faz de verdade e diferença, é com entusiasmo que vejo os alunos participarem. O pior, o que me incomoda e amargura, é quando a falsidade impera e a injustiça vence. Tenho muitas dúvidas sobre a eficácia de um jogo de aprendizagem democrática onde, por exemplo, os candidatos são impedidos de votar em si mesmos... Será que o Dr. Passos Coelho vai votar em José Sócrates? Não me parece...
É importante, defendo, que os jovens se confrontem com os erros da democracia, que compreendam que nem sempre vencem os melhores, que há, sem dúvida, uma ditadura de números . Mas não me parece importante, ou sequer razoável, que os jovens aprendam a falsear, a votar nos piores para impedir sucessos alheio, a votar, enfim, de estâmago danado. 
Penso que o Parlamento dos Jovens já se esgotou. Hoje, encaro-o como uma actividade para preencher calendário. Apenas.

1 comentário:

  1. Tem razão setôra! O Guilherme foi de longe o melhor!! Que raiva!

    Laura

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